Se Deus existisse de verdade certamente seria o maior exemplo de um déspota ditador, autocrata e sanguinário, pois supostamente sendo omnisciente, omnipresente e omnipotente, ou seja, sabendo de tudo que poderia acontecer, ciente de todas as consequências e com todo o suposto poder que seus ideólogos diz que ele tem ainda assim ele permite tantas desgraças, é negligente, complacente, condescendente, conivente e cúmplice de todas as desgraças humanitária e promovidas pelos humanos supostamente seus filhinhos, a leitura que se poderia fazer de um ser como Deus seria que, além de ditador autocrata e sanguinário, também intolerante, indolente, perverso, vingativo, raivoso, cruel, bestial e sádico, enfim um verdadeiro psicopata, ou existe outra definição para um ser que pudesse tudo e diante de tantas maldades e desgraças ainda assim se omite, finge que não ver nem sabe de nada!
Assim chegamos a Epicuro e seus enunciados, dilemas e paradoxos sobre o tal Deus. O paradoxo de Epicuro argumenta que a existência do mal é incompatível com a ideia de um Deus todo-poderoso, todo-sábio e todo-bom, pois se Deus tem o poder, a sabedoria e a vontade de impedir o mal e o sofrimento humano, então por que ele não o faz?
Segundo Epicuro, "Se Deus é omnipresente, omnisciente e omnipotente, então possui conhecimento da existência do Mal (pela onipresença e onisciência) e poder para acabar com ele (pela onipotência), logo, se não o faz não pode ser onibenevolente, pois não estaria sendo absoluta e ilimitadamente bondoso ao permitir o Mal."
Um enunciado bastante conhecido deste paradoxo é o denominado paradoxo da pedra: "Pode um ser omnipotente criar uma pedra que não consiga erguer?" Se não consegue erguer a pedra não é omnipotente; se não consegue criar tal pedra não era omnipotente desde o início.