"O vilão ou bandido, já sabemos quem é, mas quando esse criminoso também quer ser vítima, polícia, promotor, jurados e juíz tudo ao mesmo tempo aí percebemos a ditadura nas suas mais profundas vertentes"
Quando alguém que já exerce o papel de “vilão” ou “bandido” passa a se colocar também como vítima, tenta inverter a lógica natural da justiça, pedindo compaixão ou desviando o foco da sua responsabilidade. Até aí já existe manipulação.
Mas a perversidade se aprofunda quando essa mesma pessoa ou grupo também assume para si os papéis de polícia, promotor, jurados e juiz. Ou seja, quer controlar tanto a narrativa quanto o julgamento, estabelecendo as regras do jogo de acordo com seus próprios interesses. Nesse ponto, não existe mais espaço para contraditório, defesa ou justiça real: tudo passa a ser decidido unilateralmente, por quem detém o poder.
Essa é a essência de uma ditadura — o monopólio não apenas da força, mas também da verdade e da moralidade. É quando um poder ilegítimo se mascara de legalidade, fingindo cumprir papéis institucionais distintos, mas que na prática são absorvidos pela mesma mão autoritária.
A reflexão que fica é: quando o criminoso vira também o juiz de si mesmo, a sociedade perde. O maior risco não está apenas no ato criminoso em si, mas no silenciamento das vozes que poderiam contestá-lo. É nesse espaço vazio, sem equilíbrio nem pluralidade, que a tirania floresce.
Resumo da ópera.
"O vilão… todos nós reconhecemos. O bandido… sabemos quem é.
Mas quando esse criminoso tenta ser também a vítima… e ao mesmo tempo se coloca como polícia, promotor, jurados e juiz… aí não estamos mais diante de um simples crime.
Estamos diante da essência da ditadura: quando um só lado decide tudo, controla a narrativa, julga, condena e absolve conforme a própria conveniência.
E o mais perigoso não é o crime em si… mas o silêncio da sociedade que aceita esse jogo. Porque quando o criminoso vira juiz… já não há justiça, só tirania."
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