A violência, a truculência e os desrespeitos a direitos individuais, nessa republiqueta bananeira e esgoto chamado Brasil ou Bostil, praticados principalmente por órgãos, entidades e instituições privadas ou do estado, tem alvos bem definidos, são pessoas pertencentes as castas dominadas e suas rales, ou seja, pessoas pobres e miseráveis, essa é uma cultura sociológica de discriminação, exclusão, segregação e perseguição predefinida, não só pela certeza da impunidade dos integrantes destes órgãos, entidades e instituições, como também para o sistema impor a ideologia do temor pelo terror que estas instituições, órgãos e entidades são capazes, assim como para impor uma espécie de limpeza social nos moldes da infame e maldita limpeza étnica praticada pelos nazistas de Adolf Hitler.
Homem acusado injustamente de roubo convulsiona após agressão de seguranças e PMs no metrô
Um homem foi agredido por seguranças do metrô de São Paulo e policiais militares na última sexta-feira (29/8), na estação Belém, na zona leste da capital, após ser injustamente acusado de roubo. Ele passou por uma das catracas do local usando um cartão de Bilhete Único que está em nome do sogro — que os agentes alegaram, sem provas, ter sido roubado. Foi lançado spray de pimenta no rosto da vítima, a ponto dela passar mal e ter uma crise convulsiva já caída na plataforma de embarque no metrô.
Vítima chegou à estação Belém, na zona leste de SP, com cartão de Bilhete Único em nome do sogro, que agentes alegaram, sem provas, ter sido roubado. Rodrigo Santos Silva está sem conseguir trabalhar por conta de dores e inchaço nos olhos.
Um homem foi agredido por seguranças do metrô de São Paulo e policiais militares na última sexta-feira (29/8), na estação Belém, na zona leste da capital, após ser injustamente acusado de roubo. Ele passou por uma das catracas do local usando um cartão de Bilhete Único que está em nome do sogro — que os agentes alegaram, sem provas, ter sido roubado. Foi lançado spray de pimenta no rosto da vítima, a ponto dela passar mal e ter uma crise convulsiva já caída na plataforma de embarque no metrô.
Rodrigo Santos Silva, de 33 anos, conta que, ao passar pela catraca, após ter saído do trabalho, um segurança da estação disse que ele não havia pago a viagem. O passageiro respondeu que a acusação era infundada e mostrou o bilhete de que dispunha, um modelo especial para idosos.
“Ele falou assim: ‘Esse bilhete aí é roubado’. E eu falei: ‘Você tem provas? É do meu sogro’. Nesse momento, eu estava em uma chamada de vídeo no meu celular com a minha esposa e falei para ela que o guardinha estava dizendo que o bilhete era roubado. Foi quando ele veio e já tacou spray de pimenta nos meus olhos. Aí eu já não vi mais nada, só percebi um monte de gente vindo para cima de mim”, relata Rodrigo à Ponte.
“Eu pensei que não ia sair vivo, que ia não mais ver os meus filhos. Só soube o que aconteceu depois pelos vídeos, e todo mundo falou que foi prova de Deus eu estar vivo”, afirma ainda.
Rodrigo (ao centro) foi expulso de estação à força e teve crise de convulsão devido a spray de pimenta. Agente que jogou spray (de costas e em primeiro plano na terceira imagem) quis acudi-lo depois
PMs ignoraram vítima passando mal e não registraram ocorrência.
A cena foi toda filmada por um outro passageiro na estação, que fica na Linha 3-Vermelha, o pesquisador e ativista em direitos humanos Paulo Escobar. No vídeo, é possível ver três seguranças do Metrô e mais dois policiais militares que cumpriam expediente dentro da estação puxarem Rodrigo à força no sentido contrário ao de entrada da catraca, espremendo-o no pequeno vão que existe entre uma catraca e outra.
“Começaram a chegar em cima dele e falar que ele tinha roubado o bilhete. Isso aí não fazem com ninguém, passam milhares de pessoas ali por dia, vão reparar em um bilhete?”, conta Paulo, sobre a abordagem a Rodrigo ter sido feita sem motivo plausível.
Os agentes jogaram Rodrigo para o lado de fora das catracas, atordoado e com os olhos bloqueados devido ao spray de pimenta, e tomaram o cartão de Bilhete Único que ele tinha. Mesmo com a alegada suspeita de roubo e com as agressões filmadas, os policiais presentes na cena não encaminharam os envolvidos para uma delegacia. Também não prestaram socorro à vítima.
Paulo intercedeu então por Rodrigo e, ao pagar uma nova passagem a ele, ajudou-o a voltar para a estação, quando a vítima, já acusando falta de ar por efeito do spray, teve uma convulsão na plataforma do metrô. Os mesmos seguranças que o agrediram apareceram então para acudi-lo. O passageiro que auxiliou a vítima afirma que os agentes tentaram intimidá-lo para que saísse de perto, o que não acatou. “Quiseram jogar o cara para fora da estação para não ter responsabilidade”, diz Paulo.
Segurança teria ameaçado vítima no caminho ao hospital
Rodrigo foi retirado da estação de metrô em uma maca e levado de ambulância a um hospital. Ele afirma que, no caminho, um segurança que o acompanhava no veículo o ameaçava, sem que ainda pudesse enxergar. “Ele ficava dizendo na minha orelha: ‘Você sabe que vai morrer, né?’.” O mesmo agente, que a vítima diz ter se apresentado aos socorristas como Ícaro, alegou à equipe médica que Rodrigo havia usado cocaína, o que seria o motivo pelo qual estava passando mal, sem mencionar o spray de pimenta.
Enquanto Rodrigo já estava no hospital, a esposa dele e o sogro, dono do cartão de Bilhete Único que estava com o genro, saíram de Guaianases, bairro da zona leste, e foram à estação Belém, onde reafirmaram a versão do familiar. Ainda assim, o cartão apreendido não foi devolvido pelos seguranças.
O homem agredido diz que retomou a visão plenamente só depois de dois dias, ainda com inchaço no rosto. Ele ainda sente dores no corpo, principalmente na coluna, e não conseguiu voltar ao trabalho. Rodrigo é pintor e vinha fazendo um trabalho de elétrica em uma obra na região do Belém. Ele e a esposa cuidam de seis filhos. “Tem muita gente que diz: ‘Aconteceu isso, e quer se fazer de coitado’. Mas, sem trabalhar esses três dias, se eu falar para você que não estou passando aperto, eu estou mentindo.”
O que dizem o Metrô e a SSP-SP
A Ponte questionou a Secretaria da Segurança Pública paulista (SSP-SP) sobre a razão pela qual os PMs presentes na ocorrência não encaminharam os envolvidos para uma delegacia. Questionou também a Companhia do Metropolitano de São Paulo, empresa sob controle do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) que opera a Linha 3-Vermelha, se entende que a conduta de seus seguranças foi adequada. Ainda não houve retorno de ambas as partes. Se houver, esta reportagem será atualizada.
Paulo Batistela
Matéria Publicada pelo Portal PONTE JORNALISMO em 02/09/2025