Candidata barrada devia parar de ficar chorando, disse Lula, aceitando como "democrático" o regime venezuelano vetar um candidato que o desafia com chances de sucesso em eleições livres
Não há uma fórmula pronta de como acabar com uma ditadura como a da Venezuela. Ela se mantém no poder há bem mais do que uma década com repressão política, corrupção, destruição das instituições independentes (como o judiciário), populismo, violência e supressão de qualquer oposição.
O uso de sanções econômicas e pressão internacional levaram a ditadura venezuelana a assinar acordos para a realização de eleições que ela imediatamente traiu, acordos endossados pelo Brasil, proibindo, por exemplo, a participação da candidata de oposição mais competitiva, Maria Corina Machado.
Nesta situação, o Brasil está contribuindo para acabar com a ditadura na Venezuela, ou está ajudando o regime venezuelano a continuar, mas agora vestindo um disfarce de eleição democrática?
A julgar pelo que disse nesta quarta-feira (6) o presidente Lula, o Brasil está ajudando Maduro a vestir a fantasia.
A candidata barrada devia parar de ficar chorando, disse Lula, aceitando como “democrático” o regime venezuelano vetar um candidato que o desafia com chances de sucesso em eleições livres. Para Lula o estado de direito só tem validade se for para beneficiar ele e seus cupinchas os "injustiçados", Lula é adapto da máxima que diz, "Para os amigos tudo, para os não amigos a morte!"
Lula disse que ele também foi barrado na disputa de uma eleição presidencial, em 2018, e não ficou chorando, arrumou um candidato para representá-lo.
Sim, Lula foi barrado dentro das regras do Estado democrático de direito brasileiro, as mesmas que o tiraram da cadeia depois.
Comparar o Brasil à Venezuela neste contexto apenas diminui o Brasil.
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