O conceito de anarquia é muito anterior ao que a maioria pensa, ou seja, o difundido no século 19, na verdade essa fase do anarquismo foi uma versão pós iluminismo do conceito de anarquia que teve em grandes expoentes como. Proudhorn, Malatesta, Kropotkin, Bakunin, David Thoreau etc.
Esse conceito de descentralização ou pulverização de poder que concede o mesmo poder sem hierarquia a todos, assim como dever e responsabilidades igualitariamente, é uma forma de 'governo' ou melhor de viver, tão antiga quanto o conceito de democracia e era uma forma de contrapor a esse sistema de governo chamado democracia que teve no filósofo Sócrates seu maior crítico e por isso sua grande vítima.
O anarquismo pode até ser utópico se pensarmos como uma nação ou até mesmo como sociedade, para a mediocridade do ser humano, mas pode ser adotado mesmo individualmente como uma filosofia de vida apesar de ter que viver em uma sociedade tutelada pelo estado e grandes interesses escusos como do poder econômico, e apesar disso é o que os verdadeiros anarquistas fazem, mas para isso tem que começar conscientizando-se para poder romper com conceitos falsos de valor, entre estes os que diz respeito a coisas como política partidária, voto político, estado e suas instituições, sistema de governo etc, etc.
Tudo tem que começar desacreditando nestes falsos conceitos de valor, inclusive o falso-moralismo reinante, crenças de fé religiosa etc, e claro uma boa dose de informação e conhecimentos, principalmente sobre a natureza humana, são preceitos primordiais, e foi isso que mim moveu desde minha adolescência, especialmente depois que comecei a ler sobre filosofia, anarquia e o pensamento inconformista e libertário, de Sócrates, Proudhon, Malatesta, Kropotkin, David Thoreau, Ortega y Gasset e outros, a Kerouac, Onfray, Foucault, Bukowski.
Certamente não se encontrará um ex-anarquista, assim como não existe um ex-ateu, desde que verdadeiros, até porque ser anarquista assim como ser ateu, repito desde que verdadeiros, não é uma opção é uma conclusão o que leva as convicções que fundamenta estas pessoas, se o anarquista concluí que a única forma de viver de forma livre e digna é a anarquia ou uma vida anárquica, o ateu concluí que é improvável a existência de Deus, são conclusões como estas que os leva a suas convicções.
Sei que é muito difícil para quem ainda vive preso aos velhos conceitos, entender e pior compreender tal pensamento.