“SOU ANTI!”

NÃO ME PERGUNTE, PORQUE AMO OS ANIMAIS? SE FINGIR NÃO SABER OS MOTIVOS, ME PERGUNTE PORQUE ODEIO OS HUMANOS! - SOU ANTI, SOU UM SER RACIONAL PENSANTE E LIVRE, POR ISSO SOU ANTI, SOU ANTI SISTEMA DOMINANTE, SOU ANTI ESTADO E SUAS LEIS SOU ANTI INSTITUIÇÕES OFICIAIS, SOU ANTI PATRIOTISMO E NACIONALISMO, POIS SÓ SERVEM PARA EXALTAR UMA PSEUDA PÁTRIA SUA, SOU ANTI POLÍTICA PARTIDÁRIA E O CÂNCER QUE ESSA REPRESENTA, SOU ANTI O VOTO POLÍTICO PARTIDÁRIO E A FARSA DA REPRESENTAÇÃO POLÍTICA QUE ELE “VENDE” SOU ANTI A FARSA QUE É A TAL DA DEMOCRACIA ENQUANTO REGIME, PELAS FALÁCIAS QUE “VENDE” E POR REPRESENTAR UM GOVERNO. SOU ANTI CRENÇAS DE FÉ RELIGIOSAS SEU DEUS ASSIM COMO AS MÍSTICAS, SOU ANTI CONCEITOS FALSOS DE VALORES, SOU ANTI SOCIEDADE E SUAS AMARRAS OU “CABRESTOS” MORAL, QUASE SEMPRE FALSO MORALISTA, SOU ANTI POLÍCIA E TUDO QUE ESSA REPRESENTA, OPRESSÃO, COVARDIA, DISCRIMINAÇÃO, PERSEGUIÇÃO ETC, SOU TOTALMENTE ANTI MODISMOS. SOU ANTI! POIS SOU UM SER RACIONAL MAS PENSANTE!!! - A FARSA DA VIDA - "FARSA, A VIDA É UMA GRANDE FARSA, MAS QUEM DISSE QUE NÃO É, COMO NEGAR!, SIMPLES SENDO MAIS UM FARSANTE."

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

Como 2 anos de guerra na Ucrânia mudaram a Rússia

 Author, Steve Rosenberg Role, 

Editor da BBC para assuntos relacionados à Rússia

Enquanto eu observava russos deixando flores em homenagem ao líder da oposição Alexei Navalny, um jovem compartilhou comigo sua reação à morte do ativista na prisão.

 "Estou em choque", ele disse, "assim como há dois anos, em 24 de fevereiro, quando a guerra começou”.

 Isso me fez pensar em tudo o que aconteceu na Rússia nestes últimos dois anos, desde que o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou a invasão em grande escala da Ucrânia.

 É uma coleção de dramas, derramamentos de sangue e tragédias. A guerra levou morte e destruição à Ucrânia. E os militares russos também sofreram perdas enormes:

 Cidades russas foram bombardeadas e alvo de ataques de drones;

Centenas de milhares de homens russos foram convocados para o Exército;

Os mercenários do Grupo Wagner se amotinaram e marcharam em direção a Moscou. Seu líder, Yevgeny Prigozhin, morreu depois em um acidente de avião;

O Tribunal Penal Internacional emitiu um mandado de prisão contra o presidente da Rússia por supostos crimes de guerra;

Agora o crítico mais contundente de Vladimir Putin está morto.

O dia 24 de fevereiro de 2022 foi um divisor de águas.

 Tiros, veneno e queda da janela: outros adversários de Putin que morreram em condições não esclarecidas

Mas olhando para trás, a trajetória estava clara. Em 2014, a Rússia anexou a Crimeia e interveio militarmente pela primeira vez na região de Donbas. Alexei Navalny foi envenenado com um agente nervoso em 2020, e preso em 2021. A repressão interna na Rússia é anterior à invasão da Ucrânia, mas se intensificou desde então.

 Quanto a Vladimir Putin, dois anos após o início da guerra, ele parece cada vez mais confiante e determinado a derrotar seus inimigos dentro e fora do país. Ele critica os Estados Unidos, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e a União Europeia, e apresenta a guerra da Rússia na Ucrânia como uma guerra contra a Rússia pelo "Ocidente coletivo", uma batalha existencial pela sobrevivência do seu país.

 Como e quando isso vai terminar? Não posso prever o futuro. Posso, no entanto, recordar o passado.

 Recentemente, num armário de casa, encontrei uma pasta empoeirada com cópias das minhas reportagens sobre a Rússia de mais de 20 anos atrás: os primeiros anos de Putin no poder.

 Consultá-las foi como ler sobre uma galáxia diferente, a anos-luz de distância.

 "De acordo com uma pesquisa recente, 59% dos russos apoiam a ideia da adesão da Rússia à União Europeia...", escrevi em 17 de maio de 2001.

 "A Otan e a Rússia estão buscando ativamente uma cooperação mais próxima: um sinal para ambos os lados de que a verdadeira ameaça à paz mundial não reside um no outro...", diz um texto de 20 de novembro de 2001.

 Mas, então, quando será que tudo isso desandou? Não sou a única pessoa se perguntando isso.

O ex-secretário-geral da Otan, Lord Robertson, diz que a perda do status de superpotência da Rússia ‘corroeu’ Putin.

"O Putin com quem me encontrei, com quem fiz bons negócios, com quem estabeleci um Conselho Otan-Rússia, é muito, muito diferente deste quase megalomaníaco do momento", disse recentemente o ex-secretário-geral da Otan, Lord Robertson, quando nos encontrámos em Londres.

 "O homem que esteve ao meu lado em maio de 2002, bem ao meu lado, e disse que a Ucrânia é um Estado-nação soberano e independente que vai tomar suas próprias decisões sobre segurança, é agora o homem que diz que [a Ucrânia] não é um Estado-nação ."

 Robertson se lembra, inclusive, de Putin ter contemplado a adesão da Rússia à Otan.

 “Na minha segunda reunião com Putin, ele disse explicitamente: 'Quando é que vocês vão convidar a Rússia a aderir à Otan?' Eu disse: 'Não convidamos os países a aderirem à Otan, eles solicitam.' E ele disse: 'Não vamos ficar parados na fila ao lado de um monte de países que não importam’.”

 Ele afirma, no entanto, que não acredita que Putin realmente quisesse solicitar a adesão à Otan.

 "Ele queria que fosse oferecida a ele, porque acho que ele sempre pensou — e pensa cada vez mais — que a Rússia é uma grande nação no cenário mundial e precisa do respeito que a União Soviética tinha", avalia.

 "Ele nunca se sentiria confortável numa aliança de nações iguais, todas sentadas à mesa, debatendo e discutindo interesses de política comum."

 'Ego cada vez maior'

Robertson destaca que a União Soviética já foi reconhecida como a segunda superpotência do mundo, mas a Rússia não pode fazer qualquer reivindicação nesse sentido hoje.

 "Acho que isso meio que corroeu o ego [de Putin]. Some isso à fraqueza, algumas vezes, do Ocidente e, em muitos aspectos, às provocações que ele enfrentou, assim como a seu próprio ego cada vez maior. Acho que isso transformou o indivíduo que queria cooperar com a Otan em alguém que agora vê a Otan como uma enorme ameaça."

 Mas Moscou vê as coisas de maneira diferente. As autoridades russas afirmam que foi a expansão da Otan para o leste que minou a segurança europeia e levou à guerra. Eles acusam a Otan de quebrar uma promessa feita ao Kremlin, supostamente nos últimos dias da União Soviética, de que a aliança não aceitaria países que estiveram anteriormente na órbita de Moscou.

 “Certamente não havia nada no papel”, afirma Robertson.

 "Não houve nada acordado, não houve nenhum tratado nesse sentido. Mas foi o próprio Vladimir Putin quem assinou a Declaração de Roma em 28 de maio de 2002. O mesmo pedaço de papel que assinei, que consagrava os princípios básicos da integridade territorial e da não-interferência em outros países. Ele assinou isso. Não pode culpar mais ninguém."

 Na cidade de Solnechnogorsk, a 64 quilômetros de Moscou, os dois últimos anos da história da Rússia estão “em exposição” no parque.

 Vejo grafites em apoio ao grupo mercenário Wagner.

 Há também flores em homenagem a Alexei Navalny.

 E há um grande mural que retrata dois homens locais, soldados russos, mortos na Ucrânia, sendo saudados por um cadete do Exército Jovem.

 No centro da cidade, em um memorial aos mortos na Segunda Guerra Mundial e na invasão soviética no Afeganistão, foi acrescentada uma nova seção:

 “Aos soldados mortos na operação militar especial.”

 Quarenta e seis nomes estão gravados em uma pedra.

 Pergunto a Lidiya Petrovna, que está passando pelo local com o neto, como a vida mudou em dois anos.

 “Nossas fábricas agora produzem coisas que costumávamos comprar no exterior. Isso é bom”, avalia Lidiya.

 "Mas estou triste pelos rapazes, por todos, que foram mortos. Sem dúvida não precisamos de guerra com o Ocidente. Nosso povo não viu nada além de guerra, guerra, guerra durante toda a sua vida."

 Quando falo com Marina, ela elogia os soldados russos que, segundo ela, estão “cumprindo seu dever” na Ucrânia. Depois, ela olha para o filho Andrei, de 17 anos.

 "Mas, como mãe, tenho medo de que meu filho seja convocado para lutar. Quero a paz o mais rápido possível, para que não tenhamos medo do que vai acontecer amanhã."

 


Alienação, devaneio, esquizofrenia, manipulação e estupidez ou primitivismo moral e racional, assim vivem os brasileiros. Os povos e nações que evoluíram e civilizaram-se, mesmo com todas as mediocridades da espécie humana, por estas desconhecer totalmente o primitivismo moral cultural e étnica-cultural do brasileiro não conseguem entender como um povo ou uma população esmagadoramente pobre e carente de tudo que vive em um estado completo de abandono pelo estado e sob exclusão exploração discriminação segregação e perseguição social escandalosa e vergonhosa, além de uma violência bestial, seja entre indivíduos, seja do estado contra os indivíduos pobres e miseráveis, fruto desse fosso social abissal existente entre os ricos abastados e os pobre e miseráveis, promovido pelas castas dominantes e suas elites privilegiadas podres acessoradas e patrocinadas pelo estado e suas instituições podres. Diante de tudo isso os povos evoluídos e civilizados, não conseguem entender como o brasileiro, principalmente os pertencentes às castas dominadas e suas rales, ou seja, os pobres e miseráveis, consegue ser tão alienado conformado e resignado com condição de primitivismo moral ética cultural e étnica-cultural, enfim com suas próprias desgraças, além de inconsequente, como se o mundo e principalmente seu mundo ou realidade, fosse um mar de rosas e estes vivessem em um verdadeiro paraíso, ou mesmo sua condição fosse algo inexorável e onde tudo pode ser resolvido de golpe em golpe ou na base de falcatruas roubalheiras e corrupção, seja no seu dia a dia, seja com a chegada de um "salvador da pátria" e claro com todos dançando e pulando carnaval, queimando ao sol na praia, vivendo um eterno devaneio futebolístico, comendo churrasco de carne estragada e bebendo cervejas ordinárias, assim como ouvindo uma poluição sonora que chamam pretenciosamente de música, enquanto o circo pega fogo. Para outros povos que já tiveram uma realidade semelhante e muitos até piores a que vivem os brasileiros e só conseguiram sair evoluir conquistar a qualidade de vida que possuem hoje, sabem que só com muita luta sofrimento dor e perdas é que conseguiram conquistar o que tem, e como estes povos desconhecem totalmente o quão primitivo, moral cultural étnica-cultural e até racional, é o brasileiro, se torna impossível compreender que possa existir um povo como o brasileiro, até porque entender o brasileiro sob a ótica da razão carece de uma tese de doutorado que abrange todo um contexto tanto histórico, quanto étnica-cultural.


quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

O Brasil agora nem os chamados "vôos de galinha!" conseguem mais!

 Segundo as projeções do FMI para crescimento das economias mundial, a repúbliqueta bananeira chamada Brasil, nem seus conhecidos "vôo de galinha" de outras épocas conseguirá dá, já que sequer sairá do chão, com um pífio crescimento previsto para 2024 e 2025 de no máximo míseros 1,7% e 1,9% do PIB, enquanto a economia global crescerá 3,1 e 3,2% 

O Brasil além de ficar longe das dez economias que mais crescerão e ainda ter um dos piores desempenho do mundo, inclusive sendo o pior do tal BRICS, pior até do que a Rússia que está em guerra e isolada do mundo pelas sansões bloqueios etc, e dependendo basicamente da China para não morrer asfixiada economicamente. 

Esse é o Brasil de sempre, mas com seu presidente bravateiro blefador e oportunista que vive tentando "tapar o sol com uma peneira" para iludir sua patuleia desvairada fundamentalista Lula-petista. 

O Brasil é o chamado, o país que "foi sem nunca ter sido", ou seja, o país do futuro, afinal esse clichê fascista foi criado pelos desgovernos tupiniquim para iludir as massas burras e de manobras e assim fazê-las acreditar nas mentiras históricas contadas sobre o Brasil e seu povinho primitivo, já que a verdade provocaria uma crise de identidade e existencial nessa republiqueta bananeira e esgoto chamado Brasil e isso atrapalharia os planos dos governantes e políticos de continuar vendendo seu "peixe podre" para essa nação de primitivos, que como já foi dito por estudiosos, estão condenados, pelo seu primitivismo moral ético cultural intelectual e étnica-cultural, a no máximo ser o primeiro, mas dos últimos no contexto mundial.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

A história de um mito chamado Deus!

 Em um minúsculo e insignificante planeta, de um também insignificante sistema planetário existente em uma das mais de cem bilhões de galáxias existente no universo, possa existe um ser que ignorou todas as outras espécies de seres, humanos ou não, existentes nesse incomensurável universo, para fazer desse "invisível" planeta por acaso chamado Terra de "sua terra prometida."

Aos criadores dessa historieta chamada Deus, fica algumas das muitas indagações, como por exemplo, como conceber que possa existir um pai tão "desnaturado" assim capaz de tamanho sadismo, rancor, ressentimento e desejo de vingança contra seus filhos!

Afinal, antigamente não existia o conhecimento que a ciência tem hoje, não existia sequer o básico que assegurava nem mesmo o direito a vida, como por exemplo tratamentos, remédios e vacinas eficientes etc, e contrair uma simples gripe ou qualquer tipo de infecção significava uma provável sentença de morte, morria-se por qualquer motivo que necessitasse de cuidados mínimos.

Mas o Deus todo poderoso oniciente, onipresente e onipotente, existia e estava lá, segundo os teistas, aqueles que acreditam nele. 

Só para ficar na questão da saúde humana sem contar as tragédias provocadas ou não pelos humanos, como por exemplo as guerras, inclusive aquelas em nome dele Deus, com irmãos matando irmãos, pais matando filhos e filhos matando pais. 

Mas apesar de todas estas desgraças ainda tinha outras, com as pessoas tendo uma expectativa de vida quando muito de no máximo 1/3 da expectativa que tem hoje, pois morriam devido a qualquer doença que contraissem, principalmente as infecciosas, e se fosse ainda contagiosa pouquíssimos sobreviviam, epidemias e pandemias de tempos em tempos devastavam populações quase inteiramente, peste negra, gripe espanhola ou influenza, varíola, febre amarela, febre tifóide, tuberculose etc, foram só algumas das doenças que devastaram a humanidade quase levando a extinção da espécie humana.

Mas o tal Deus todo poderoso estava lá, contemplando impávido seus filhos morrerem de graça com ele podendo fazer um mínimo para salva-los, mas nada fazia só contemplava sadicamente milhões e milhões de "seus filhos" morrer como insetos sendo exterminados por inseticida. 

Diante de tudo isso, a única conclusão a luz da razão que se pode chegar é, uma das duas, uma, esse tal Deus não é nada do que quem acredita nele diz, ou seja, ele não passa de uma grande farsa, ou ele nunca existiu, mas se por acaso ele tivesse existido ele seria um ser tremendamente cruel, um sádico perverso e insano, além de vingativo contra os seus filhos ditos infiéis.

Toda essa polêmica gerada entorno da declaração de Lula sobre comparar o holocausto palestino promovido por Israel, ao holocausto judeu, promovido pelo nazismo, o que é fato reconhecido e admitido até por judeus rabinos. O fato é que Lula só agora "desceu do muro", com relação a Israel, depois que o mundo já tinha condenado o estado judeu, pelo genocídio e extermínio promovido por Israel em Gaza, mesmo que já se sabe que Israel já vem impondo práticas nazistas contra os palestinos desde a criação do estado judeu em terras palestinas em 1948 por imposição dos Estados Unidos e seus aliados europeus após o fim da segunda grande guerra.


domingo, 18 de fevereiro de 2024

Um inimigo dos indivíduos comuns chamado estado

 Se o estado já é invariavelmente o maior inimigo dos indivíduos, o estado brasileiro e suas instituições pode ser considerado um terrorista para os cidadãos ou indivíduos comuns, ou seja, aqueles que não pertence as castas dominantes e suas elites privilegiadas que são protegidas e beneficiadas pelo estado serviçal do sistema dominante que por sua vez é controlado por estas castas.

O estado é o maior e mais perigoso inimigo dos indivíduos comuns afinal é esse estado que cria suas instituições para estas lhes servir como por exemplo criando as leis que torna o estado monopolista em todos os sentidos inclusive com o poder monopolista de determinar o que é ou não certo para ele e julgar condenar e executar tudo que lhe contraria ou contraria os interesses, invariavelmente escusos, dos donos do poder as castas dominantes e suas elites privilegiadas, a quem o estado serve verdadeiramente.

Esse estado com suas instituições, são capazes de tudo contra os indivíduos, principalmente os indivíduos comuns, aqueles pertencentes as castas dominadas e suas rales, ou seja, os pobres e miseráveis. o estado com sua imunidade e impunidade pode e invariavelmente pratica todos os tipos de violações e usurpação dos direitos dos indivíduos comuns desde explorar, discriminar, excluir, segregar, perseguir até lhes oprimir, extorquir, roubar, matar e exterminar, seja atravéz de seus braços armados, ou seja, polícia e forças militares, seja atravéz de instituições como legislativo, judiciário e executivo, seja atravéz de ações ou decisões.

Suas instituições criam, interpretam e executa leis, que prejudica frontalmente os cidadãos comuns e sem que estes possam se defender muito menos ser indenizados pelos crimes cometidos pelo estado, seja atravéz de suas leis, ou seja, os crimes legalizados pelo próprio estado, seja os crimes não legalizados ou condenados pelas leis do estado mas que só o estado ou os poderosos protegidos pelo estado, pode cometer, 


Quando se vê qualquer propaganda montada propositalmente, com um casal composto por um indivíduo negro e outro branco loiro, logo deixa transparecer uma hipocrisia e ao contrário do que se tenta fingir passar, como o não preconceito étnico, termina por reforçar ainda mais pela falta de naturalidade e forçar a barra, pois consciente ou não se leva a crê que o sonho de consumo do negro é o branco loiro, não é por acaso que o indivíduo negro quando fica rico ou famoso sua primeira atitude é conseguir uma branca loira e invariavelmente burra mas interesseira, para desfilar.


sábado, 17 de fevereiro de 2024

CARNAVAL, o Brasil que deu errado! - INTERCEPT BRASIL

E essa é precisamente a nossa celebração.

O Carnaval é o Brasil que deu certo, muita gente diz. Não: é o Brasil que deu errado. Quem disse isso foi o mestre Luiz Antonio Simas em um vídeo publicado na quinta-feira, 15, e todo mundo deveria ouvir o que ele tem a dizer. Quem ama e quem odeia. Porque o Carnaval ajuda a explicar o país.

O Brasil como estado-nação, Simas lembra, foi projetado para excluir e para concentrar renda. Teve uma lei de terras que beneficiou latifundiários, privilégios para imigrantes brancos, uma abolição fajuta que levou milhões de pessoas negras à marginalização. Nossa construção como país foi feita para "desarticular sentidos coletivos de vida e aniquilar as culturas não brancas", diz Simas. Projetados para excluir. Esse Brasil deu certo.

É nas brechas desse sistema de exclusão bem-sucedido que Simas, pesquisador, historiador e historiador, se embrenha. Em uma entrevista ao podcast Lado B do Rio, o pesquisador conta que o que ele estuda é justamente como os excluídos constroem seus sentidos de vida nesse sistema excludente. "No caso do Rio, você vai estudar escola de samba, cultura das ruas e inevitavelmente, o jogo do bicho", ele explica. 

As palavras de Simas ecoaram quando, nessa semana, acompanhei as tentativas de criminalização da Vai-vai após o inesquecível desfile de retorno ao grupo especial deste ano, em que a escola homenageou o hip-hop (outro grito dos excluídos, aliás). 

Com o tema “Capítulo 4, Versículo 3 – Da rua e do povo, o Hip Hop: um manifesto paulistano”, a escola levou os Racionais MCs ao sambódromo, e empilhou referências de resistência negra e periférica, passando por bailes black, homenagem a Sabotage, Negra Li como madrinha de bateria, participação de Nelson Triunfo e um carro dedicado à São Bento, onde aconteciam as batalhas de rima. Uma ala de crianças representou os skatistas.

Um carro trouxe a estátua do Borba Gato, símbolo dos bandeirantes colonizadores, pichada – e teve a presença de Paulo 'Galo' Lima, dos entregadores antifascistas, que foi preso por colocar fogo na estátua em um protesto em 2021. Outra ala, chamada "Sobrevivendo no Inferno", em referência ao clássico álbum de 1997 dos Racionais, mostrou policiais com chifres.

O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, também desfilou. Neto de um fundador da Vai-vai, Almeida tem uma longa relação com a escola. Neste ano, estava no carro do Borba Gato. Não demoraram a pipocar as primeiras manchetes: "Silvio Almeida desfila com Borba Gato pichado". Hoje, veículos de direita já falam em "ode ao crime".

Logo após o desfile, o sindicato dos delegados de São Paulo emitiu uma nota de repúdio, afirmando que o enredo desrespeitou, afrontou e tratou de forma vil e covarde as forças de segurança, e foi um escárnio aos agentes da lei. 

De onde menos se espera é de onde não sai nada mesmo. Mas a narrativa seguiu crescendo. Na quarta-feira de Cinzas, a Folha resolveu publicar sobre uma investigação de 2022 da polícia de São Paulo, que diz que a escola emprestou R$ 300 mil de um suposto chefe do PCC para desfilar naquele ano. (O empréstimo foi registrado, o ex-diretor em questão negou a ligação com a facção). 

Deve ter dado audiência. Depois, outra manchete do jornal também associou a escola ao crime organizado: "Vai-Vai pode ficar sem sede após negócio que favoreceu suposto chefe do PCC". Seja qual for a razão pela qual a Folha resolveu publicar isso justamente no dia em que a escola estava sob ataque por ser supostamente "bandidólatra", como disse o pré-candidato de direita à prefeitura de SP Kim Kataguiri, funcionou. O prefeito de São Paulo já avisou que estuda uma punição à escola (em um enorme Como Queríamos Demonstrar). 

Mas qualquer um que acredite e se apegue nessa narrativa generalista é, além de preconceituoso, profundamente ignorante sobre a própria história do Carnaval. 

Na década de 1920, quando surgiram as primeiras escolas no Rio de Janeiro, a cultura afro-brasileira era criminalizada e perseguida; desde então, cresceram e floresceram lidando com as contradições da sociedade carioca. O poder instituído, o turismo, as mídias, o mercado, a contravenção, o crime, o jogo do bicho: essas relações cercavam o Carnaval, mostrou Simas em um artigo publicado semana passada no Intercept.

Foi na década de 1970, lembra o historiador, que se aprofundou a relação entre algumas escolas e contraventores. Hoje, o cenário está mudando, com os controles de territórios ligados à milícia e ao tráfico. 

Muda o jogo de poder, mas não o papel das escolas na vanguarda da cultura carioca. "As escolas de samba nunca foram problemas para a cidade e sua gente, mas solução. Por isso tantas instâncias – da contravenção ao mercado, passando pelas esferas legais do poder – tentam cooptá-las", ele escreveu.

Simas fala do Rio de Janeiro, mas não pude deixar de pensar em seu texto, e em suas palavras, ao acompanhar a reação contra a Vai-vai. A nota de repúdio dos delegados, a reação violenta do status quo à resistência desfilando na avenida, é o tal Brasil que deu certo em ação. É justamente o projeto desse Brasil excludente, que defende o encarceramento em massa e a criminalização da cultura negra e periférica, se materializando. 

Com a Vai-vai, em que as críticas aos atores desse sistema de repressão foram mais explícitas, a reação também foi mais violenta. Mas é a mesma reação, desde sempre. Neste ano, em que Yanomamis, "Um defeito de cor", África, serpentes, onças, e Alcione estiveram na avenida, a resistência foi transformada em espetáculo em grande escala. Organizar a raiva e defender a alegria. O Brasil que deu errado foi didaticamente explicado na Globo.

Simas disse, em um vídeo publicado na quinta-feira, que é a brasilidade que pode tombar esse Brasil que deu certo excludente. "O carnaval é a vitória da brasilidade sobre o Brasil. É a vitória do corpo sobre a morte", ele falou. 

Há quem defenda que o que ele diz é romantização. Afinal, nesse mesmo Carnaval também vimos a Beija-flor receber R$ 8 milhões de dinheiro público para homenagear Maceió – levando à Sapucaí o presidente da Câmara, Arthur Lira, do Progressistas, após pegar um voo da Força Aérea Brasileira. Mas os jogos de poder que envolvem a maior festa do país são precisamente o que Simas aponta: a brasilidade, o Carnaval, as escolas são a salvação, e por isso mesmo não faltam tentativas de cooptação e controle – como sempre houve no Brasil que deu certo.


“O mundo não dá importância ao Brasil”, diz Daniel Buarque. Para o pesquisador, ambição brasileira de querer ser visto como uma potência mundial contradiz a pouca importância que o resto do mundo dá ao país. Há um abismo entre a ambição do Brasil de querer ser uma potência mundial e a importância que as cinco potências com assento permanente no Conselho de Segurança da ONU dão ao país. A conclusão é do jornalista e pesquisador Daniel Buarque, que acaba de publicar um livro com os achados de sua pesquisa. Na obra Brazil’s International Status and Recognition as an Emerging Power (O status internacional do Brasil e o seu reconhecimento como uma potência emergente, em tradução livre), Buarque coletou as opiniões de 94 diplomatas, ex-embaixadores, cientistas, empresários, funcionários governamentais e jornalistas sobre o poder do Brasil no exterior. Para eles, o Brasil é um país sem importância, incapaz de interferir nas grandes questões estratégicas, mas que as grandes potências preferem ter a seu lado a ter o país desbancando para o lado rival. “O conceito que eu uso para isso é o de peão cobiçado. Se pensarmos no cenário geopolítico global como um tabuleiro de xadrez, o Brasil é visto como a peça menos relevante, menos poderosa”, diz Buarque. “Ao mesmo tempo, todos esses países, que são grandes potências, querem que o Brasil seja um aliado deles.” A ideia de peão cobiçado é esta: “O Brasil não é visto como poderoso, mas as potências o querem do seu lado“. A distância entre a ambição brasileira de ser uma potência e a pouca importância que o país recebe no resto do mundo faz com que o país colecione sucessivos fracassos em política externa. Entre eles estão o acordo mediado pelo Brasil com o Irã e a Turquia, para tentar impedir a bomba atômica dos aiatolás, a tentativa de Lula de mediar a paz na Ucrânia ou de conseguir uma resolução do Conselho de Segurança da ONU pedindo um cessar-fogo na guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza.